ITAQUI GRANDE DO SUL

Local para cantar, elogiar, divulgar não só a terra do Itaqui, mas principalmente sua gente, aqueles que construiram uma união que gerou o município que temos hoje embora muitos governos tentem destrui-lo.

domingo, 2 de setembro de 2007

JOÃO CARLOS CALVANO BELMONTE


Em Itaqui (RS), no dia 30 de maio de 1943, em plena Segunda Guerra Mundial, nasceu João Carlos Calvano Belmonte.Por volta dos dez anos de idade, em 1953, uma ano antes da Copa do Mundo na Suíça, o menino João Carlos mudou-se para a cidade de Uruguaiana. Já naquela época, o rádio era um grande companheiro. Os ouvidos estavam sempre atentos às emissoras cariocas, paulistas e gaúchas. Gostava de acompanhá-las sempre, de preferência, ao mesmo tempo. Belmonte interessou-se por fazer rádio ainda na escola, quando estudava no Colégio Marista. Nos campeonatos de futebol de botão que participava junto aos amigos, sempre fazia a transmissão dos resultados, mas através do telefone. Os meninos se telefonavam e trocavam informações sobre o andamento dos jogos. A intimidadade com a linguagem esportiva e a vontade de trasmitir uma partida já faziam-se presentes. A primeira vez, sempre é inesquecível. E a primeira vez que Belmonte entrou em um estúdio não poderia ser diferente. Ao acompanhar um amigo a uma rádio local, a São Miguel, surgiu a primeira participação em um programa. Um dos locutores da emissora não havia aparecido, e Belmonte foi escalado para ler as notícias de esporte.

ANTONIO RICARDO DE MEDEIROS


ANTONIO RICARDO DE MEDEIROS29/07/1975 - 28/04/1979 Nasceu em Itaqui - RS, em 11 de setembro de 1920. Cursou a Faculdade de Direito da Universidade do Rio Grande do Sul, bacharelando-se em dezembro de 1945, mesmo ano em que ingressou no Ministério Público. Inicialmente foi nomeado para a Comarca de Canoas, atuando também como Promotor de Justiça nas Comarcas de Antônio Prado, Vacaria, Santana do Livramento, Cachoeira do Sul e Porto Alegre. Durante o período de 1964 a 1966, foi Presidente da Associação do Ministério Público. Ainda no ano de 1966, em 30 de dezembro, foi designado para o cargo de Corregedor-Geral do Ministério Público. Foi Procurador-Geral durante o período de 29 de abril de 1975 a 28 de abril de 1979. Aposentou-se do Ministério Público em 26 de junho de 1980.

sexta-feira, 18 de maio de 2007

TOGO LIMA BARBOSA

O Dr. Togo Barbosa Advogado, Prefeito de Itaqui, Promotor Público, Procurador do Estado e Corregedor do Ministério Público.

Dados Pessoais
ID: 794
Nascimento: 26/01/1909
Naturalidade: Itaqui
UF: RS
Ingresso no MP: 24/05/1934
Afastamento: 31/07/1941
Motivo Afast.: Avulsão a pedido
Afastamento: 09/02/1967
Motivo Afast.: Aposentadoria a pedido
Observações
1. Em 12.08.1955, foi readmitido ao Ministério Público, segundo processo n.º 7085/1955 da Secretaria do Interior e Justiça;
2. Em 23.06.1958, foi designado para Secretário da Procuradoria-Geral do Estado e do Conselho Superior do Ministério Público, sendo classificado no quadro suplementar;
3. Em 12.05.1959, foi designado para atuar na organização da Corregedoria do Ministério Público, que se encontrava em instalação;
4. Em 16.04.1963, foi disignado para atuar como Adjunto do Procurador-Geral do Estado.
Gênero: M
Fonte: Dossiê Funcional da Divisão de Documentação - Unidade de Arquivo do Ministério Público - RS.
Vem do Judiciário: N
Foi para o Judiciário: N

Atividade Funcional
Posse: 02/06/1934
Nomeação: 24/05/1934
Cargo: Promotor Público Interino
Comarca: Itaqui
Transito: Nomeação por ato

Nomeação: 29/10/1940
Cargo: Promotor Público
Comarca: Uruguaiana
Transito: Promoção para 2ª entrância e classificação

Nomeação: 31/03/1941
Cargo: Promotor Público
Comarca: Uruguaiana
Transito: Nomeação por concurso para 3ª entrância e designação

Posse: 14/09/1955
Nomeação: 12/08/1955
Cargo: Promotor Público
Comarca: Alegrete
Transito: Classificação

Nomeação: 13/06/1957
Cargo: Promotor Público
Comarca: Porto Alegre - Procuradoria Judicial do Estado
Transito: Designação em comissão

Nomeação: 09/08/1960
Cargo: Promotor Público
Comarca: Porto Alegre
Transito: Promoção por merecimento para 4ª entrância

Nomeação: 01/02/1961
Cargo: Promotor Público
Comarca: Porto Alegre - Câmara Cível Especial do Tribunal de Justiça
Transito: Designação

Nomeação: 26/04/1961
Cargo: Promotor Público
Comarca: Porto Alegre - 4ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça
Transito: Designação

Nomeação: 02/06/1961
Cargo: Promotor Público
Comarca: Porto Alegre - 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça
Transito: Designação

Nomeação: 21/10/1964
Cargo: Procurador do Estado
Transito: Promoção por merecimento

Nomeação: 06/04/1965
Cargo: Corregedor do Ministério Público
Transito: Designação

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Contam que:

O advogado criminalista gaúcho, Togo Lima Barbosa, ex-procurador de justiça, ex-corregedor jurídico da Procuradoria Geral da República, ex-prefeito de sua terra, estava defendendo um cliente no Tribunal do Júri, no Fórum de Itaqui, com o plenário lotado e as janelas abertas para a rua.

No momento mais empolgante de sua peroração, para surpresa geral, um burro (ou jegue) começou a zurrar numa carroça que passava por perto.

O jovem promotor, querendo ser espirituoso, para desviar a atenção do advogado aparteou:

"Olha aí, doutor, estão aparteando Vossa Excelência!"

O criminalista Togo, com a estampa de tribuno grego, devolveu na hora:

"Isso não me surpreende, pois não é o primeiro burro que me aparteia hoje!"
(Fonte: Marco Aurelio Degrazia Barbosa)

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O Vereador Hildebrando Santos de Itaqui, em 2005, em homenagem a este grande e ilustre Itaquiense, apresentou Projeto de Lei de Nº 08-OL, DE 21/06/2/005 que altera a denominação de Estrada Municipal do Passo do Silvestre, que liga a sede do município a localidade do Passo do Silvestre, a qual passa a denominar-se: Estrada Municipal Prefeito TOGO LIMA BARBOSA.

OLÍMPIO CAVALCANTI DE ALBUQUERQUE TABAJARA

O Itaquiense Olímpio Cavalcanti de Albuquerque Tabajara foi um idealista pelas coisas de Itaqui.

Quando ainda se falava em cinema em 35 mm, Olímpio Tabajara começou a construir um teatro para passar filmes em um formato que na época estava surgindo, Cinemascope, porém que por fatalidades do destino o mesmo não chegou a ser concluído.

O CinemaScope foi introduzido em 1953 com o filme «The Robe». Os cartazes anunciavam "o milagre moderno que você vê sem óculos" e "som estereofônico de alta fidelidade". A primeira frase visava esclarecer o público que iria ver um espetáculo em grande écran sem os inconvenientes dos filmes em 3D. O som estereofônico demorou a constituir padrão, a adotar pela generalidade das salas. Mesmo hoje existirão salas sem som estereofônico, apesar da vulgarização dos sistemas digitais de 6 canais.

O Senhor Olímpio Tabajara, a convite do Presidente João Goulart, foi o primeiro presidente da Comissão da Ligação Ibicuí-Jacuí. Esta comissão teve a incumbência de viabilizar a ligação dos rios Ibicuí e Jacuí, favorecendo a navegação entre os barcos que navegavam o Rio Uruguai e o Rio Jacuí, permitindo o acesso da fronteira ao Porto de Rio Grande por via aqüífera. Tal obra teve seus estudos abandonados após a revolução de 1964.

O Senhor Olímpio Tabajara foi Secretario de Estado dos Negócios da Economia do Estado do Rio Grande do Sul no período de 27/11/65 - 30/01/67.

Posteriormente foi Secretario da Administração e dos Recursos Humanos (SARH) no período de 16.03.79 a 15.03.83.

Nesta Secretaria:

Áreas de competência:

a) administração de pessoal;
b) serviços gerais;
c) transporte oficial;
d) previdência e assistência sociais ao servidor público;
e) serviços gráficos;
f) desenvolvimento de recursos humanos.

Legislação do período:

- Decreto n.º 28.650, de 15 de março de 1979 - Determina as áreas de competência acima;
- Decreto n.º 28.652, de 15 de março de 1979 - Dispõe sobre a supervisão de entidades da administração indireta - CORAG, FDRH e IPERGS e transfere o vínculo da PROCERGS para a Secretaria de Coordenação e Planejamento;
- Decreto n.º 29.669, de 09 de julho de 1980 - Cria unidade estrutural - Assessoria de Planejamento Organizacional.

Dados complementares:

- Lei n.º 3.602, de 1º de dezembro de 1958 - Reorganiza o Poder Executivo e cria a Secretaria de Estado dos Negócios da Administração;
- Decreto n.º 19.801, de 08 de agosto de 1969 - Estabelece Reforma Administrativa e dispõe sobre os órgãos centrais dos Sistemas de Pessoal Civil, Material e Serviços Gerais, nesta Secretaria de Estado.

sábado, 12 de maio de 2007

PARA AS SEIS CORDAS & OS OITO BAIXOS

João Sampaio o poeta de Itaqui neste seu livro lírico nos traz a mente as mais extrínsecas das essências Gaúchas mexendo profundamente com nossa imaginação e nos levando a um passado inesquecível do pampa e de nossas vizinhanças.
Reproduzo abaixo a capa e algumas folhas de seu livro.
Com seus trabalhos João Sampaio vem se tornando o Poeta de Itaqui, representando nossa terra nos mais distantes pagos do Brasil e quiçá do Mundo.
João Sampaio é um dos nobres nomes que engrandecem o Itaqui e nos dão orgulho.

























































Na obra Para As Seis Cordas & Os Oitos Baixos João Sampaio nos apresenta um lirismo campeiro em forma de versos que desfraldam a essência gaúcha em quem os lê, de modo que um sentido telúrico invade a alma e faz com que o campeirismo afIore de tal modo que em qualquer rincão desse planeta a gente sinta a essência que emerge de uma poesia com cheiro de terra,com aura gaudéria, e feita sobre a inspiração desse expoente raro da arte gaúcha.
A poética de João Sampaio espalha versos que frutificam no campo fértil do gauchismo, embalados pelos acordes de um guitarreiro que se assemelha ao vento pampeano e pelos fIoreiros de uma gaita botoneira que simboliza a sonoridade das aves que enfeitam o céu do nosso Rio Grande do Sul.
Neste trabalho, nas Coplas transita uma filosofia andeja que extravasa os limites do galpão e nos apresenta reflexões de vida e sentimentos; as Sextilhas refletem o vigor do verso missioneiro com ecos de uma latinidade que tanto nos orgulha; já nas Décimas mesclam- se o gaucho e o gaúcho que exaltam sua origem terrunha, cantando a pátria e a liberdade e, por fim, seus Cantos & Acalantos pintam uma aquarela crioula de arte e reflexão, com a força de sua poética cantando o homem do campo, o cavalo e as raízes missioneiras, universalizando seus textos por meio de um lirismo vigoroso e fecundo.
Em Para As Seis Cordas & Os Oito Baixos João Sampaio consegue fazer com que a gente apeie do pingo da realidade e se abanque no cepo da imaginação para, ao calor de uma mate bem cevado, ver saltar das páginas desse livro a essência guapa que moldou o povo do Rio Grande do Sul.


Jucelino Viçosa
Poeta e Escritor
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NA BEIRA DO IBICUÍ

Para Elton Saldanha

Quando o sol sangra na tarde
No bico de um bem-te-vi
Vejo o Rio Grande rezando
E enxergo um potro relinchando
Na beira do lbicuí!

Volto séculos pra trás
Ao passado que perdi
E no meu sangue ainda resiste
O meu avô de lança em riste
Na beira do lbicuí!

Uma cordeona botoneira
Num tom fronteiro daqui
Embala o sono da pampa
E dois touros batem guampa
Na beira do lbicuí!

Um ginete num caborteiro
Crioulo do Batovi
Parece um quadro estrada fora
Riscando o maula de espora
Na beira do lbicuí!

Um cachapé longe rechina
Um choro triste de aguaí
O vento macho assobia
E uma índia lava a cria
Na beira do Ibicuí!

Se emponcha um feitiço antigo
No canto dajuriti
E uma saudade se alonga
No rastro de uma milonga
Na beira do Ibicuí!

Escuto as aves gorgearem
E solito pensando em ti
Me pego triste cantando
Teu nome chamameceando
Na beira do lbicuí!

Bebo goles de infinito
Nos teus lábios cor rubi
Sou um grão de eternidade
Falqucjando uma saudade
Na beira do Ibicuí!
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DA BOCA DOS ANCESTRAIS
Para Rodrigo Sauer

Bombeio os ventos brincando
Nas flores dos pastiçais
Pego a guitarra campeira
E acordo meus ancestrais.

Hablan comigo sem falar
Se apeiam cada manhã
No meu galpão de gaúcho
Pintado de picumã...

A alma se aparta do corpo
Atrás de velhos rituais
E recebe cantos antigos
Da boca dos ancestrais!

Andam comigo os que partiram
Para outra dimensão
Falam por mim quando canto
E habitam meu coração...

Por isso que estes meus cantos
Com jujos dos pajonais
Florescem dentro de mim
E acordam meus ancestrais!

Perfumo o tempo em que vivo
Com flores espirituais
E acordo os deuses que dormem
Na boca dos ancestrais.
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sexta-feira, 30 de março de 2007

MEMÓRIAS DUM VEREADOR

Francisco Pereira Rodrigues em seu livro "Memórias dum Vereador" narra história do Itaqui, que ele chama de Pedra D´água, que ocorreu após 1947.
Nele Rodrigues relata sua vivência como vereador em Itaqui em uma época que o poder éra do Prefeito que fazia o que bem entendia.
Nda mudou de lá para cá. O poder hoje é do Presidente da República em função do poder econômico que lhe é delegado. Pode o Presidente, como ele mesmo disse ao aprovar a Lei contra os aposentados: "Para aprovar no Congresso só distribuindo verbas aos Deputados e Senadores".
O poder Municipal só se for amigo do Presidente.
Abaixo transcrevo trechos do livro:




CAPÍTULO I
O comício era um mar gigantesco e fogoso extravasando na garganta da mutidão informe:
- Di-narte! Di-narte! Di-narte! Di-narteli" Di-narte! Di-narte! Di-narte!...
- Atenção, companheiros!
- Di-narte! Di-narte! Di-narte! Di-narte! Di-narte! Di-narte! Di-narte!...
- Eu peço um momento de atenção, companheiros! A-ten-ção!
- Di-narte! Di-narte! Di-narte! Di-narte! Di-narte! Di-narte! Di-narte!...
Um mulato corpulento e jovem, de cabelos a escovinha e narinas dilatadas, arrebatou o microfone das mãos do locutor e berrou:
- Atenção, gentes! Se-lên-cio! Isso inté parece uma esculhambação!
Mas, o povo ondulando na praça enorme, não diminuía o louco entusiasmo:
- Di-narte! Di-narte! Di-narte! Di-narte! Di-narte! Di-narte!...

- Cachorrada dos diabos! - esbravejou o cel. Pedro Ferrão - Já não saí à rua para não ver nem ouvir essa corja. Assim mesmo os seus latidos vêm aos meus ouvidos. Des-gra-ça-dos !
- Paciência, Pedro, paciência! As urnas vão dizer quanto vale a palhaçada dêles - falou dona Edith, abraçando num olhar de profundo respeito a cara enrugada do marido.
- Que urnas coisa nenhuma, Edith! O povo é muito senvergonha e é bem capaz de dar a vitória a essa canalha.
- Não digas isso, homem. Nem parece que és um velho político. Ainda hoje à tarde dr. Ortigão e eu falávamos a respeito.
- Ortigão?.. O Ortigão é do contra.
- Mas, é teu amigo.
- E o que é que acha êle?
- Que a vitória é nossa. -
- Não te esqueças, minha velha, da última campanha eleitoral. Contrariando tudo quanto foi feito e demonstrado nos comícios, o General foi eleito presidente da República.
- Mas isso era esperado. - Esperado? .. Esperado de que jeito?.. De que forma? .. Não te lembras dos comícios do Aviador?.. Quem diria que fôsse êle perder as eleições? .. Verdadeiras consagrações alcançou em sua propaganda pelo Brasil afora.
- Mas... E o Baixinho?..
- O Baixinho?.. - O ceI. Pedro Ferrão olhou de sosláio o retrato do velho ditador, em fina moldura, numa parede, donde não fôra arreado em 1.945, porque, no íntimo, continuava dêle, e respondeu à espôsa, indicando a praça:
- O Baixinho está aí. E' isso que aí está nessa algazarra.
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CAPÍTULO II

A noite estava mansa depois do comício.
Pela janela aberta o luar derramava-se na sala de trabalho de Diogo Delgado e o doce perfume das rosas de todo-ano de seu maltratado jardim chegava-lhe às narinas dilatadas pela tensão nervosa, como um feiticeiro narcótico a afundá-lo, cada vez mais, naquele sonho misto de prazer e de dor. Lá de baixo, vinham-lhe, de quando em vez, os ruídos dos remos e dos caniços deitados à traqüilidade do caudaloso rio que corria próximo à sua residência.
Diogo Delgado chegou à janela. Seu cabelos castanhos, os restos duma basta e ondulada cabeleira consumida na quadra dos vinte anos, esvoaçaram à viração da madrugada.
A rua deserta, as calçadas mal iluminadas e sujas, às vezes davam fracos sinais de vida através de passos cautelosos e sutis. A longos intervalos, uma. centelha de luz brilhava no acanhado retângulo da porta aberta em meio dum secreto bordel.
Curioso em face das lendas que envolviam a vetusta cidade de Pedra Dágua, Delgado cuidou ver, à sombra dos beirais musguentos, esquálidas visões, embuçadas em lençóis brancos e informes, gingando com aterrorlzantes estalidos de ossamenta e impregnando o ambiente do esquisito cheiro de coisas de outro mundo.
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Naquela noite longa, em que Diogo Delgado experimentava um estado místico de tortura e de bem-estar, aquela mulher, que à praça, à luz mortiça da iluminação pública, o saudara à passagem, vibrava nêle como uma obsessão.
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CAPÌTULO III

Tilintou o telefone.
- Alô! Pronto! Aqui é Diogo Delgado. E aí.
No outro lado do fio, uma voz aguda e jovial respondeu:
- Aqui fala Xisto Queluz.
- Quem?
- Xisto Queluz, o guarda-livros da «Petit Maison».
- Ah, muito bem! Às suas ordens!
- Desejo que o Sr. marque uma hora para me receber, doutor.
- De que quer tratar?.. Se é de questão de direito, só posso atendê-lo à tarde.
- Não, doutor - gritou o guarda-livros entre risadinhas amáveis - Não é de questão de direito. E' de assunto muito diferente! E' de política!
- Ah, está bem! Em assim sendo, posso recebê-lo imediatamente. Venha, que o espero.
Diogo Delgado tinha os olhos vermelhos e a cabeça pesada da noite mal dormida. Deitara-se às 4 horas da madrugada e custara-lhe, talvez, mais de uma hora para libertar-se daquela idéia fixa sôbre a mulher loira, e poder dormir até às sete, quando a criada o despertara para o café.
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sexta-feira, 23 de março de 2007

TERRA XUCRA


Alguns trechos escritos por Manoelito de Ornellas:

Dedicatória

À memória imperecível de meus pais Anna Guglielmi d'Ornellas e ManoeI Pedro d'Ornellas e de meus irmãos Maria, Humberto e Adeodato; à Antonieta e ao Gaspar, ainda companheiros da longa caminhada; ao ltaqui, minha terra xucra, pelas imagens de sonho e beleza, de seu Rio e de seus campos; a todos os que, como eu, começaram na luta mais árdua da pobreza; a quantos me deixaram um pouco de calor humano, na compreensão e no afeto, e também àqueles que me procuraram perturbar a Paz ou arrebatar da mesa o pão sagrado de todos os dias, sem consciência do bem que me faziam,
- êste livro.
Setembro. de 1968

umbral
Não sei medir o tempo em que meu espírito vacilou, entre a íntima e profunda solicitação destas páginas e a suposição, também íntima, de sua inútil resultância. Nunca escrevo para satisfazer vaidades nem incompreensões medíocres. Escrevo por necessidade interior, pelo desejo de me comunicar com outros seres humanos. Amadureci, na vida. Eufemismo? Mêdo de dizer: envelheci? Não; apenas a sutil diferença dos vocábulos. Nem sempre se amadurece, ao envelhecer, ou nem sempre se envelhece amadurecido.
Uma das razões da controvérsia estaria no desejo de chegar àquela plenitude de espírito em que nos libertamos da fácil eloqüência, para ficarmos na síntese dos fatos e na usança das palavras indispensáveis; na frase sem ouropéis, como a veste de uma camponesa: limpa, colorida, sem rendas e adereços, bela nas linhas que o próprio corpo modelou.
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Este livro não é um livro de estórias inventadas; não é ficção; é real e, por isso mesmo, às vêzes duro. Mas nêle há de estar sempre, quase sempre, a poesia, a poesia que me encheu de consôlo as horas tristes, a poesia que me veio da luz dos amanheceres luminosos, dos crepúsculos soberbos, da tristeza passageira, da morte que passou pelo mundo feito de meus amôres, das horas felizes, que foram tantas, do amigo que permaneceu no tempo, da gratidão que me chegou numa rosa, do sorriso doce de minha Filha, do carinho bem-amado da Companheira e da presença do Cristo, na figura do Divino Amigo, invisível, a sorrir na carnadura milagrosa de uma flor ou na beleza de uma nota musical, harmônica, sublime e pura, vibrada em meio da chocante gargalhada, de um imenso manicômio, que é o mundo.
Trabalhei a nobre matéria com que a abelha fabrica o mel e ordena os panais de suas colméia e, como a abelha, usei da fortuna encontrada no erário das flôres.
O resto, que me fica a contar, virá a seu tempo, nas páginas futuras. Agora, começa a estória do menino pobre do Itaqui, no cenário das belezas naturais e nos dramas agrestes de sua Terra Xucra...

o menino pobre do itaqui

Quando penso na infância longínqua, a paisagem mais constante da memória é a de uma cidade pequena, de casas com telhados baixos, de longos beirais, à margem de um rio largo e azul, todo cheio de barcos e pescadores.
Na margem oposta, outra bandeira tremulava na Alfândega e outra língua era falada pelo povo. Alvear, com suas casas de tecidos finos e bazares ricos, era, para meus olhos, o sonho e a fantasia. Quando o barco regressava da viagem, ao entardecer, com os remos a domar as correntezas do centro, às vêzes violentas, pelos redemoinhos, Itaqui era a restituição do mundo real, palpável, já descoberto em todos os segredos. Coisas que de tanto ver, já não reparava mais. E uma tristeza me invadia os olhos e o coração, embora trouxesse, nos bolsos, as pequeninas bolitas de cristal, rajadas de côres, belas como caramelos ou como gôtas d'água pura. Voltava rico e, aquilo era, para mim, a extravagância mais luxuosa.
À noite, punha ao lado da cabeceira a caixa com as luminosas esferas de vidro e guardava meu tesouro com a mão pousada sôbre êle.
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Quando, pelas manhãs, rumava ao Colégio de Dona Altina, fazia a volta pelo Pôrto, para ver as barcaças, as chalanas, as faluas carregadas de laranjas rubras. O doce perfume das frutas maduras subia do rio, enquanto os cestos, de imbira, grávidos, saíam aos ombros dos vendedores, que acordavam a cidade inteira com seus pregões: "- Laranja! Laranjinha! Tangerina!"
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À tarde, o clarim do Regimento. E era justamente à hora em que, mudadas as roupas salpicadas de barro, cobertas de poeira, depois do banho denso de chuva, íamos fazer a ronda, nas calçadas largas, cobertas de cadeiras de palha e de balanço, onde os velhos esperavam a noite, enquanto nós olhávamos as tranças sedosas das meninas, com as fitas coloridas, em laço, pendente das pontas, sôbre o peito. Nas noites de lua, formávamos batalhões com espadas de taquara e polainas dos invólucros de palha das garrafas de vinho "Adriano Ramos Pinto" que vinham de Portugal.
Desfilávamos em garbo marcial, à frente da casa de Dona Júlia Fábrega, porque nossos olhos pousavam nas meninas mais belas da cidade. E, da calçada ampla, povoada de cadeiras de vime e de balanço, tôdas nos olhavam, em êxtase.
Valdíria, que fêz a vida dos teus cachos de ouro, de tua infância ilustrada pelo riso mais aberto, que enchia de covinhas travêssas as rosadas maçãs de teu rosto?

o baile azul
De tempos em tempos a sociedade vibrava com uma espectativa: a vinda de Buenos Aires, para o Teatro Prezewodoski, de uma companhia de zarzuelas ou de operetas, que havia marcado época na capital portenha. Do litoral, ou centro do Brasil, nada ou quase nada chegava à faixa da fronteira, onde se situa Itaqui. Do outro lado, a Argentina contava com todos os meios de cultura, inclusive com uma estrada de ferro, de bitola larga.
Na memória do menino que cumpriu larga etapa de sua vida, por caminhos do Mundo, palpita ainda a saudade do tempo perdido, saudade, "êsse mal de que se gosta e bem que se padece", como dizia o velho Francisco Manoel de Mello.
Revejo minha cidade comentando nas esquinas, nas janelas baixas de ombreiras de pedras caneladas, nas alcovas, nos salões, nas cozinhas, nos clubes, nas vendas, nas farmácias, em tôda parte, o acontecimento marcado no tempo, há largo tempo, como promessa de vida na secura de um deserto. A data estava assinalada em côres em tôdas as folhinhas que vinham das "tiendas" de Alvear, estampadas com panoramas de Buenos Aires, e a hora prometida já palpitava em todos os relógios. No Teatro Prezewodoski seria realizado um "baile azul", em que todos os vestidos seriam dessa côr.
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O dia, porém, chegou. Ao amanhecer, uma dúzia de foguetes, queimados à frente do Teatro anunciava, aos quatro cantos da cidade, como alvorada, que o grande dia amanhecera. Alguém comentava: "que pena que o dia chegou, pois o bom foi viver êstes três meses, da expectativa, dos sonhos, das ilusões e das esperanças. Um poeta da terra tecera um "Sonêto Azul", "em gabação", com "pena de ouro", à maneira de Castro Alves, "nas lâminas do céu!" Era lustroso nas palavras, como a sêda ou o cetim.
Um carreiro de formigas humanas começou a transportar, da casa de Dona Sinhá Rodrigues para a grande mesa de doces situada no palco do teatro, a confeitaria mais rica da cidade: os bolos vistosos, revestidos da neve dos merengues, cobertos de confeitas côr de prata, azuis, vermelhos, amarelos; pudins que se enfileiravam, ligados por correntes de fios de ovos, à maneira de guirlandas; quindins, bom-bocados e papos-de-anjo, tudo aquilo que nos fazia a delícia dos olhos amoráveis e do paladar espicaçado.
Pratos de porcelana, pratos de cristais, bandejas de prata, de Sévres e Limoges, tudo deixou, nesse dia, o fundo dos guarda-louças preservados à chave. Passava aquela Procissão de novas Pan-Atenéias, sob os olhos ávidos do povo, deixando uma promessa de felicidade nos expectantes. O que consolava era o "logo mais. . ." E o "logo mais" era como um plano estratégico de assalto, uma declaração expressa de beligerância.

por que prezewodoski?

Itaqui foi o pôrto fluvial escolhido como base de uma fIo- ti lha da nossa Marinha de Guerra, no Alto Uruguai, no último quartel do Século XIX. Muitos nomes ilustres da nossa Armada passaram por ali. Vinham os jovens oficiais, apenas saídos da Escola Naval e, quase sempre desposavam as meninas itaquienses. A sociedade local beneficiou-se, em muito, dês se convívio, sendo, na época, talvez, a nossa cidade a única do Rio Grande do Sul com um nível social e cultural de alto porte. A casa de meu pai era um centro de permanência de muitos dêles. Recordo que meu pai destacava sempre a lembrança de um grande amigo: o Capitão de Fragata Dámaso de Novais.
Itaqui, fechado numa bôlsa geográfica da fronteira oeste do Rio Grande do Sul, era como um departamento estanque, sem meios de comunicação e transporte, sem rodovias e com uma precaríssima estrada de ferro, circunstâncias que o isolavam da comunhão rio-grandense. Sua vida, no que tangia à cultura, teatro, música, modas, livros, era um reflexo de Buenos Aires, centro máximo da civilização sul-americana da época. Daí, então, o nível social e cultural de minha terra. A juventude da cidade afluía ao quartel ou ao Arsenal, de onde a carreira brilhante de muitos itaquienses na vida das armas brasileiras.
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A flotilha obedecia ao comando do Capitão-de-Mar-e-Guerra Prezewodoski, quando o médico de bordo da nossa Armada visitou a cidade argentina de Alvear. Um incidente de menos monta, em que se viu envolvido o médico, na Alfândega correntina,! provocou a violência das autoridades do país, que prenderam, incomunicável, o oficial brasileiro, portando o uniforme da nossa Marinha de Guerra. Prezewodoski recebeu a notícia com desagrado e solicitou às autoridades da Alfândega de Alvear, explicações. Não lhe deram resposta. Exigiu a devolução do médico a Itaqui, com a nota da ocorrência, para a punição, se necessária ou imperativa. Não lhe deram resposta. Prezewodoski não vacilou: mandou levantar ferros na návea capitânia e ancorou tôda a flotilha brasileira em águas argentinas!
Já não solicitou mais satisfações; exigiu a devolução do oficial brasileiro.
Também o silêncio foi a resposta. Prezewodoski mandou que a canhoneira nacional disparasse, por cima da cidade de Alvear, três tiros de advertência. Imediatamente, em tôda a cidade flabelaram panos brancos. Prezewodoski esperou. E logo depois, numa lancha oficial, o médico brasileiro era entregue ao escaler da nossa Armada. Prezewodoski mandou que a Banda Naval, no tombadilho, executasse o Hino Brasileiro e, isso, dentro das águas argen- tinas. Duas horas após, os portos eram fechados, de lado á lado, e ambos os governos trocavam notas diplomáticas.

O Solar
A casa grande da Praça era o meu mundo: o melhor dos mundos, do qual fui expulso, antes de conhecer o pecado e sem justificar, na pura inocência, o esbulho cruel. Dela fui exilado, não como o anjo revel, mas como o inocente imolado no melhor de seu sonho, roubado no seu pequeno universo de fantasias.
Quando deixei a Casa Grande, fui viver numa outra mais modesta do Cêrro, próxima à chácara do Ventura, em que improvisamos nossos campos de mistérios e assaltos, à maneira dos contos de gesta, de cavaleiros nativos que arrebatavam dos ricos, para dar aos pobres. Alguns celebrados no cancioneiro popular:

O esbulho

Os Italianos de Itaqui
Depois da primeira metade do século XIX, vieram para Itaqui muitas famílias procedentes da Itália. Eram imigrantes que haviam chegado à Argentina para ficar, mas, seduzidos pela crônica que se fazia, então, da fronteira do Brasil com aquêle país, de campos fecundos e cidades que prosperavam, carentes de braços e agricultores, preferiram tentar a vida no Rio Grande do Sul. E escolheram a cidade do Itaqui, famosa pelo alto nível de sua vida social e com a flotilha da Armada Brasileira, que emprestava à cidade colorido especial.
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Recordemos os nomes de alguns, cujos descendentes estão vivos na história política, cultural, científica e econômica do Rio Grande do Sul: Degrazzia, Mondadori, Moretti, Ruffoni, Piffero, Schinini, Cacciatore, Minoggio, Piantá, Bonapace, Bonetti, Bonorino, Calvani, Cocaro, Passamani, Sestini, Rossi, Cocolichio, Ferroni, Piagetti, Ferrare, Carmanin, Necchi, Aquis- tapace, Caccia, Gondola, Pezzi, Julianni, Cremonti, Cioca, Ca- piotto, Contursi, Recagno, Delamora, Bado, Fossari, Caravelli, Francioso, Amendolea, Musachio, Boccacio, Plechole, Messina, Cafarate, Arispe, Biasqui, Cattani, Meziza e Guglielmi. O Guglielmi é meu.

Meu avô Italiano
O Cêrro
O êxodo
No pampa
Aceitação do destino
O romance de meu avô português
Nos desertos da fronteira
Terra xucra

Agora, meu pai voltava aos campos, deixando a cidade. O retôrno era bem diferente da partida. Voltava qual a Barca de Gleire com os velames de seus sonhos em farrapos.
Estávamos, em pleno campo, no coração daquelas terras onde, por muito tempo, correram os inquietos guaranis, na caça dos rebanhos chimarrões, que espantaram os olhos europeus de Saint-Hilaire, no centro geográfico daquelas extensões e latifúndios que a Espanha cobiçou e os exércitos de Solano Lopez invadiram, mas, por onde passaram os grossos tacões das botas dos missionários de São Borja, de São Lourenço, de São Miguel e La Cruz.
Terra de poucas culminâncias mas de muitas histórias. Rincão bárbaro, teatro de duelos a facão. Estradas mal delineadas, em que as cruzes crioulas dos heróis de anônimas peleias, bordavam de referências os campos.
"Daqui a cinco léguas, além da Cruz de ferro do Espinilho". E o pampa era um rosário de cruzes, ladainha pagã de nomes que a memória dos galpões conservavam, alguns celebrados nas "décimas" da gesta. A vinte ou vinte e cinco léguas da cidade; vida primitiva, a animar-se em tôrno de rebanhos, de poucas lavouras e de muitas peleias, onde a honra estava no aço espelhado numa adaga........................

Duelo de facão
A carreira grande
No encontro do mundo
Na casa de meu tio
No microcosmo do ginásio
De retorno
Na querência
A primeira aventura
Uma fortaleza e Euclides da Cunha
Um ginásio no pampa

Inglês Macedo assim se chamava Domingos Riopardense de Macedo, homem de temperamento violento mas de gestos de solidariedade humana, vítima de sua cólera e de seus brios, sugeriu ao meu pai uma idéia que êle esposou: aproveitar a parte desocupada do velho solar da Bela União e ali formar um Internato, entregue a um grande professor, que instruiria os filhos de fazendeiros que não queriam deixar a "querência", pela cidade.
A idéia vingou. O Internato surgiu. Meu pai trouxe, de Itaqui, um estranho professor para nós. Era austríaco. Formado em Innsbruck. Alto, de barbas louras, parecia um príncipe da Casa dos Habsburgos. Chamava-se Carlos jerlan.
Em tôrno dêle, muitas lendas surgiram. Dizia-se até que era ligado à casa imperante da Áustria. Duas verdades se apuraram: era bacharel da Universidade de Innsbruck e pertencente a uma família fidalga do Tirol.
Permaneceu algum tempo conosco. E, num dia qualquer, despediu-se, levando sua pequena bagagem, seu sobretudo de pano negro e sua pasta de couro, onde eram vistas as armas de sua casa nobre. Foi meu professor de matemática e meu professor de alemão. Com êle, aprendi muito da literatura germânica. Fêz-me ler Goethe, traduzido por êle, e traduzia-me Schlegel, crítico e poeta, falecido em Dresde.

Capataz de uma fazenda
Benedito
A fôrça da esperança
O rodeio
A tropa
Uma estória com pedro moacir
Meu dom segundo sombra
Onde aparece um misterioso amigo chinês
Uma tragédia vulgar
Um pouco de poesia
Começo de um pequeno calvário
Um encontro com a história
Cinamomos e hermann hesse
Na minha cidade
Como um raio
A vida recomeça
A doma
O velho rapsodo
A transplantação

Clique aqui e leia sobre O DEBATE HISTORIOGRÁFICO ENTRE MOYSÉS VELLINHO E MANOELITO
DE ORNELLAS

HINO DE ITAQUI

I

Somos filhos do Sul e dos ventos;
Cavaleiros do pago sem jaça;
Sentinelas da Pátria que atentos,
Já mostraram a fibra da raça.
Hoje, paz e trabalho enaltecem
Nossa terra querida, Itaqui.
Mil espigas, nos campos, florescem;
Mil amores, no rio Cambaí.


Estribilho

Da memória teu nome não sai,
Que da pedra nasceste, Itaqui!
És legenda do Rio Uruguai,
Das areias do rio Ibicuí!
Tens o verde, amarelo e azul
Das coxilhas do sol e do céu...
Sob a luz do Cruzeiro do Sul, )
O gaúcho quebrando o Chapéu. )bis

II

Se preciso, ouvirás o tropel
De teu filho garboso que avança
Dando rédeas Brasil - ao corcel,
Teu emblema na ponta da lança!
Pouco importa, lutando se cai
Pela Pátria, teu filho, Itaqui!
Mais um verso terás, Uruguai,
Mais areias, oh! rio Ibicuí!

Estribilho
É lamentável que não se tenha o Hino de nossa cidade gravado com a música original. Aqui, á seguir uma entonação do mesmo:

Passeio pelas ruas do Itaqui

Um vídeo que mata a saudade do ausente de Itaqui Para copiar o vídeo para o computador clicar aqui

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Aos organizadores da Casilha da Canção Farrapa em nosso Itaqui

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* Rio Uruguai - Níveis e permanência

Governadora Itaqui também merece

Governadora Itaqui também merece
Itaqui também precisa de obras para se desenvolver, não é só mais um município arrecadador.

ANA CAROLINA E SEU JORGE - É ISSO AI